11 de dezembro de 2010

O Grande Culpado


Não, não se enganem com a cara de inocente da personalidade em questão!

Pois, apesar do ar de calma e tranquilidade de um burocrata prestes a se aposentar, escondia uma mente diabólica. Deixa até transparecer que sabia exatamente que seu legado ia mudar o mundo e a humanidade.

Na mais acertada expressão do método hegeliano, Alfred Büchi nasceu e viveu na sempre-pacífica-e-sonolenta Suiça. Entre 1909 a 1926 atuou como chefe do departamento da Sulzer Brothers e ao invés de se ocupar com questões inofensivas e coisas pouco significativas - fazendo jus ao seu aspecto de guarda livros - sempre incomodou-lhe o desperdício de energia cinética nos neandertálicos motores a explosão, ainda novidade na época. Aqueles gases da combustão escapavam pelo escapamento isentos de maior utilidade.

Com isso em mente, após alguns meses de insônia, tanto fez e experimentou até que em 16 de novembro de 1905 patenteou sua turbinen-krompressor.

Sim. Graças ao Dr. Alfred Johann Büchi os motores a combustão puderam ser turbocomprimidos, aproveitando-se aqueles gases inúteis que passeavam pelo sistema de escape, tornando aqueles mais eficientes, potentes e diabolicamente mais divertidos.

Fossem eles a gasolina, diesel, estacionários ou aplicados na aviação, ganharam literalmente um fôlego até então inimaginável. E não se contentando apenas na concepção de seu invento - para nós mais compreensível ao promover sua patente no outro lado do Atântico - prosseguiu em torná-lo mais pragmático.

O que revela sua extensa genialidade, que não se limitou em um único artefato, tendo contribuído de sobremaneira a métodos e sistemas em motores a explosão.

Por conseguinte, sempre que me deparo com um veículo high end ou mesmo quando escuto ao longe o som duma válvula de alívio que equipa um turbo num carro conduzido por um acéfalo qualquer que mora na periferia, não consigo deixar de lembrar da inocente cara de Alfred Büchi.

2 comentários:

  1. Após esse post, teremos APzeiro mandando carta para o vaticano.

    ResponderExcluir
  2. Rsrsrsrsrs...de fato Artur. Existe ainda hoje uma cultura quase religiosa em prol de certas marcas e motores em detrimento a outras.
    Tudo é uma questão personalíssima,porém exageros existem.

    ResponderExcluir